15 de out. de 2009

Aquecimento Global



Aquecimento global afeta florestas
O aquecimento global está colocando em risco 20 regiões de floresta em todo o
mundo. O Sudeste da Amazônia está entre as áreas mais ameaçadas, informa relatório do
WWF divulgado em Buenos Aires, onde se realiza a 4a Conferência das Nações Unidas sobre
Mudanças Climáticas.
O aumento das temperaturas do planeta é uma ameaça crescente para as florestas
tropicais já fragmentadas pelo desmatamento. Na Costa Rica, por exemplo, pesquisas científicas
revelam uma queda significativa nas populações de répteis e sapos. De acordo como o relatório
do WWF, em todos os continentes existem regiões de floresta ameaçadas pelo aquecimento
global. Na América Latina, cinco países aparecem na lista: Peru, Panamá, México, Costa
Rica e o Brasil.
O clima tem um papel importante na manutenção do balanço entre presas e seus
predadores. Com o aumento das temperaturas, muitas espécies que vivem nas florestas acabam
se deslocando para outras regiões. Na procura por lugares mais frios e úmidos, tais espécies
migram provocando uma quebra nos ecossistemas.
Exemplos das conseqüências do aquecimento global podem ser claramente observados
no Alasca e no Norte dos Estados Unidos. Uma área de 20 milhões de hectares de floresta
no Alasca vem sofrendo um ataque sem precedentes de uma larva de inseto (spruce
budworms) que se alastra pela região. Para os cientistas, isso é o resultado da alta de temperatura
registrada nos últimos anos. Outra evidência da mudança nas condições climáticas do
planeta está no alastramento das florestas sobre o prado alpino, no Norte dos Estados Unidos
e nos Alpes europeus. Há também a lenta mas contínua expansão da linha de árvores que interpenetra
a tundra no Ártico canadense.
Além de todos esses problemas, o aumento das temperaturas interfere diretamente
na saúde humana, na medida em que propicia maior dispersão de doenças infecciosas como
malária, dengue e meningite. Casos de malária estão sendo registrados no Norte dos Estados
Unidos e Canadá, regiões frias onde a sobrevivência do mosquito transmissor não seria possível
há alguns anos. Segundo o relatório do WWF, nos últimos 20 anos cerca de 30 novas doenças
foram detectadas como conseqüência das mudanças climáticas, além do ressurgimento de
outras antigas, como cólera.

Mudanças climáticas
O Aquecimento Global não é uma ameaça distante. Há evidências contundentes de
que os padrões climáticos do nosso planeta estão mudando. Isso é comprovado por um imenso
volume de informações, oriundas de todas as partes do mundo. As secas, o derretimento dos
glaciares, as alterações de percurso das correntes oceânicas e os aumentos regionais de
tempestades violentas indicam que as mudanças climáticas já estão acontecendo.
Estado do clima: momento de agir
Relatório do WWF “O Estado do Clima: Hora de Agir” mostra evidências
contundentes de que o aquecimento global já está acontecendo e, portanto, não é mais uma
ameaça distante. De acordo com o relatório, a natureza e a população humana estão - mais
claramente do que nunca - ameaçadas pela mudança do clima.
O relatório contém uma imensa compilação de dados coletados em todo o mundo
indicando uma mudança nos padrões climáticos do nosso planeta. Isso pode ser comprovado
pelas secas, pelo derretimento de glaciares e do gelo eterno, pelo aquecimento dos oceanos,
pelo aumento das violentas tempestades regionais e ainda por diversos outros indicadores.
Também ressalta quais as possibilidades disponíveis para o combate à mudança
climática, como o Presente para a Terra anunciado pelo Governo da Dinamarca que construirá
500 cataventos marinhos até o ano 2005.
Enquanto os EUA lideram a lista dos países que mais contribuem para o efeito
estufa no mundo, uma pesquisa de opinião tornada pública pelo WWF mostra que os eleitores
americanos querem que o Presidente Clinton aja sem demoras para retardar as mudanças
climáticas. A pesquisa também indica que a grande maioria dos americanos apoia um acordo
internacional de diminuição da emissão de dióxido de carbono, a principal causa do
aquecimento global.
O relatório comprova que os impactos das mudanças climáticas não são mera ficção
científica. São reais e já ocorrem em todo o planeta, como afirma Claude Martin, diretor-geral
do WWF Internacional. O relatório também mostra como o aquecimento global pode ser
diminuído. Tecnologia existe.
Mas a informação mais promissora veio da pesquisa de opinião, disse Claude
Martin. O público americano está muito à frente da comunidade política e empresarial no que
concerne ao aquecimento global. A pesquisa mostra que a maioria dos americanos está
exigindo dos políticos e das empresas soluções economicamente viáveis para o aquecimento
global.
O Relatório O Estado do Clima: Hora de Agir apresenta uma ampla lista de dados e
exemplos do impacto atual do aquecimento global.
• 1997 foi o segundo ano mais quente da história, depois do recorde de 1995.
• O mundo está sofrendo o seu maior aquecimento desde a idade do gelo: desde
1850 o glaciares europeus perderam metade de seu volume.
• A superfície do Oceano Pacífico na costa da Califórnia sofreu um aquecimento
de 1,5oC, o que causou o declínio do zooplancton e a perda de quatro milhões
de aves marinhas.
• Na Espanha, a longa seca mediterrânea destruiu cerca de 400 quilômetros
quadrados de terras alagadas.

Fonte: http://agulhaetricot.blogspot.com/

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